O empresário Edson Bueno está sofrendo a síndrome do poder perdido. Ele vendeu sua Amil para o grupo United, embolsou US$ 6,5 bilhões, mas está descobrindo que dinheiro não é tudo, especialmente para quem, como ele, já tinha atingido aquele patamar que poucos mortais chegaram. É um dos homens mais ricos do Brasil e já figura na lista dasmaiores fortunas pessoais na Forbes.
Bueno acreditou na promessa de Simon Stevens, vice-presidente executivo da United Healht Group que continuaria no comando da Amil. Ora, ele sabia que era uma promessa para o público externo. Dono, ao lado da mulher Dulce Pugliese, de 0,9% da United Health, ele é o maior acionista individual da companhia, uma das maiores seguradoras do mundo. Ainda assim é uma voz rouca na Amil.
Para recuperar o poder perdido Bueno aumentou sua participação na Dasa, que atua no mercado de medicina diagnóstica, depois de enfrentar forte resistência dos fundos. Em oferta pública de ações, Bueno pagou R$ 1,7 bilhão por 38,33% do controle do laboratório e, somados os 23% que já possuía junto com a mulher, Dulce, abocanhou uma fatia de 61,83% do capital e garantiu o controle da empresa. O objetivo agora é fechar o capital.
Bueno está descobrindo na pele a diferença entre poder e dinheiro.
Fonte: Blog Panorama Brasil