Índice Nacional de Confiança para de cair em maio, informa ACSP

O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 66 pontos em maio – elevação de dois pontos em relação a abril (64) e queda de 39 pontos frente a maio do ano passado (105).

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre 29 de abril a 14 de maio, ou seja, compreendeu o momento político que acarretou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. A margem de erro é de três pontos.

A escala do INC vai de zero a 200 pontos. O intervalo entre zero e 100 representa o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o campo do otimismo. Em junho de 2015 o indicador recuou para 100 pontos e, desde então, caiu, avançando no campo pessimista.

Para o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o resultado do INC de maio é alentador. “Mas não sinaliza, necessariamente, que a confiança voltará a subir nos próximos meses. A alta de dois pontos é boa, mas ainda está dentro da margem erro. Não significa que o consumidor vai retomar os níveis antigos de consumo. Precisamos ter cautela e esperar as próximas medidas sociais e econômicas do novo governo, pois elas serão determinantes na percepção do consumidor”, observa Burti.

“O momento é delicado e precisamos ser patriotas, ser cooperativos com o governo. A indústria, o comércio e a agricultura têm muito o que contribuir para colocar o País nos trilhos”, complementa o presidente da ACSP.

Classe C: esperança

Entre os grupos socioeconômicos, chama atenção o crescimento da confiança dos consumidores da classe C, que saiu de 63 pontos em abril e foi para 68 em maio. Embora ainda esteja no campo do pessimismo (abaixo de 100 pontos), o resultado surpreende porque a classe C foi a mais prejudicada pela crise econômica. Como não há perspectiva de melhora efetiva da conjuntura econômica, é possível inferir que essa melhora decorre dos acontecimentos políticos.

Por outro lado, o INC da classe DE apresentou forte queda de abril para maio, com sua confiança caindo de 81 para 75 pontos. Uma leitura possível é que, com a mudança de governo, essa parcela da população pode ter se preocupado com eventual interrupção dos programas sociais, o que foi negado pelo presidente interino.

Por fim, o INC da classe AB se elevou de 49 para 52 pontos, mantendo-se dentro da margem de erro.

Alta no Sul

Nas regiões, a maior alta foi registrada no Sul, que cresceu de 59 pontos em abril para 67 em maio. O Sudeste foi de 53 para 58 e a região Norte/Centro-Oeste passou de 70 para 75.

O Nordeste foi a única região a apresentar queda no INC, com um tombo de nove pontos (de 82 para 73). Uma das razões pode ser o receio de interrupção dos programas sociais por parte do novo governo.

O Instituto Ipsos também calcula a confiança do consumidor do Estado de São Paulo. O INC paulista acompanhou a tendência nacional, passando de 48 pontos em abril para 50 em maio.

A pesquisa

O Índice Nacional de Confiança é uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Indica a percepção do estado da economia para a população em geral e visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.

O INC de maio foi elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas domiciliares em 72 municípios, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas (Censo 2010 e PNAD 2013), com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE.

Histórico

Maio/2016: 66 pontos

Abril/2016: 64 pontos

Março/2016: 73 pontos

Fevereiro/2016: 76 pontos

Janeiro/2016: 75 pontos

Dezembro/2015: 77 pontos

Novembro/2015: 72 pontos

Outubro/2015: 74 pontos

Setembro/2015: 79 pontos

Agosto/2015: 81 pontos

Julho/2015: 84 pontos

Junho/2015: 100 pontos

Maio/2015: 105 pontos

Fonte: Canal Executivo

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