Dois homens, de 20 e 31 anos, foram alvos, na manhã desta segunda-feira (29/1), de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pelo crime de estelionato. Segundo as investigações da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), a dupla comprava os ingressos da Bali Park Resorts com cartões clonados e depois revendia nas redes sociais por um valor inferior. A estimativa é que os dois suspeitos tenham causado um prejuízo de cerca de R$500 mil.
Chamada de operação Indonésia, os policiais cumpriram dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão em desfavor da dupla de criminosos. De acordo com a PCDF, os autores passaram a ser investigados após os representantes legais da empresa registrarem uma ocorrência policial informando que desconhecidos estavam utilizando cartões clonados para comprar ingressos do parque aquático da empresa.
Após a compra, os dois indivíduos anunciavam os ingressos para a venda em algumas redes sociais e revendiam por valores muito inferiores aos anteriormente pagos com os cartões clonados. Como exemplo das fraudes praticadas, os policiais notaram uma publicação na qual a dupla anunciava a venda de um pacote do parque que custava originalmente R$ 1.170,60 pelo valor de R$ 300.
Diante dessa prática, foi verificado que, após a efetivação das compras dos ingressos e a utilização dos vouchers revendidos, os titulares dos cartões usados indevidamente pelos criminosos registravam a contestação de pagamento, o que resultava no chargerback, ou seja, na devolução dos valores pagos às operadoras de cartão de crédito por parte da empresa, causando prejuízo para o parque.
Segundo a empresa Bali Park, após o levantamento interno, foi verificado que as fraudes feitas pelos pelos autores utilizando os cartões clonados haviam causado um prejuízo estimado de R$ 500 mil.
A polícia apurou ainda que os compradores dos vouchers revendidos pelos criminosos agiam de boa-fé, por não terem o conhecimento das práticas ilícitas e serem atraídos pelo baixo preço dos ingressos anunciados. De acordo com a investigação, os compradores efetuavam os pagamentos por meio de PIX para contas bancárias indicadas pelos integrantes do grupo criminoso e, após receberem os vouchers, os utilizavam normalmente.
Após identificarem os suspeitos, a polícia apresentou os pedidos de prisão temporária para o Poder Judiciário. As medidas foram deferidas judicialmente e cumpridas durante a operação no endereço na dupla criminosa. Para a PCDF, a prisão temporária serve para o aprofundamento da investigação, visando quantificar o lucro obtido pelos autores, além de identificar outros integrantes do esquema criminoso.
Os autores são moradores do setor leste do Gama e estão sendo investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Por cada crime de estelionato praticado, a dupla pode pegar de 1 a 5 anos de prisão. Já para o crime de associação criminosa, a pena prevê prisão de 1 a 3 anos. Após serem presos, os dois criminosos foram recolhidos para a carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP).
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