Mohammed Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, foi deposto ontem por um golpe militar após milhões terem ido às ruas pedir sua renúncia. Ele foi detido por militares.
Sua saída foi anunciada às 21h locais (17h, em Brasília) em rede nacional por Abdul Fatah al-Sisi, chefe do Exército –cujo discurso foi encoberto, nas ruas, pelo clamor popular. Mursi, disse o comandante, falhou em responder às demandas do povo.
Na segunda-feira, as Forças Armadas tinham imposto um prazo de 48 horas para que o islamita apaziguasse a insatisfação popular.
Antes de ir à TV, Sisi se reunira com a oposição –representada por Mohamed ElBaradei, ex-chefe da agência nuclear das Nações Unidas–, líderes do centro de estudos islâmicos Al-Azhar e membros da comunidade cristã.
Em nota antes de ser preso, o presidente deposto afirmou ser vítima de um “golpe militar categoricamente rejeitado por todos os que lutaram para que o Egito se tornasse uma sociedade civil democrática”. Ele pediu aos seus partidários que resistam.
Fonte: Folha de S. Paulo