Uma empresa do Distrito Federal foi alvo de uma megaoperação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) na manhã desta terça-feira (28/1), que investiga irregularidades em contratos de reforma e manutenção de 26 prédios públicos no estado goiano.
De acordo com a PCGO, o contrato firmado entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra) e a empresa, nos anos de 2023 e 2024, previa reformas nos edifícios. Entretanto, as investigações apontam que a empresa recebeu diversos pagamentos antecipados de forma irregular, sem a devida execução dos serviços contratados. Além disso, há fortes indícios de superfaturamento nas obras.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Conforme relatórios do governo goiano, o prejuízo ao erário é estimado em cerca de R$ 10 milhões. O valor não inclui edificações que foram demolidas pela empresa e que não foram reconstruídas.
Até o momento, a operação, batizada de “Obra Simulada”, resultou na prisão de oito pessoas e no cumprimento de mandados de busca e apreensão no DF, Goiânia e Anápolis. O Correio tenta contato com a empresa alvo da operação.
Esquema fraudulento
As investigações, conduzidas pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), revelaram indícios de um esquema premeditado para burlar procedimentos legais de contratação, favorecendo empresas específicas e agentes públicos envolvidos.
Segundo a PCGO, há evidências de lavagem de dinheiro, pois o fluxo financeiro da empresa investigada apresentava conexões suspeitas com outras empresas ligadas a familiares e amigos do sócio. Os pagamentos antecipados feitos pelo governo goiano eram desviados para essas empresas, reforçando os indícios do esquema criminoso.