Lucro do Bradesco cai para R$ 15,08 bilhões em 2016

O Bradesco anunciou nesta quinta-feira (2) ter registrado lucro líquido contábil de R$ 3,592 bilhões no quarto trimestre de 2016 – uma alta de 11% em relação aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2015, os ganhos sofreram uma queda de 17,5%.

Em 2016, o lucro da instituição financeira diminuiu na comparação com o ano anterior, ao passar de R$ R$ 17,19 bilhões para R$ 15,08 bilhões: uma diferença de 12,3%.

As comparações anuais podem não permitir uma avaliação precisa do desempenho do grupo, dada a incorporação do HSBC pelo Bradesco no começo do segundo semestre de 2016.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias encerrou dezembro de 2016 em 5,5%, acima dos 4,1% em dezembro de 2015.

A carteira de crédito expandida do banco atingiu R$ 514,99 bilhões no final de dezembro, um aumento de 8,6% em relação ao saldo de dezembro de 2015. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 172,045 bilhões – um crescimento de 16,4% em relação a dezembro de 2015, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 342,945 bilhões (alta de 5,1% em relação a dezembro de 2015).

A provisão para perdas esperadas com calotes deu um salto de 31,8% na medição com o último quarto de 2015, a R$ 5,525 bilhões, valor que no entanto representou recuo de 3,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Segundo o Bradesco, a melhora sequencial refletiu valores maiores de recuperação de crédito.

A margem financeira caiu 7,5% do terceiro para o quarto trimestre, a R$ 15,7 bilhões. Segundo banco, a queda foi impactada pelo efeito das perdas por ajuste do valor contábil de ativos financeiros, de R$ 1,264 bilhão.

Em contrapartida, o banco pagou R$ 1,16 bilhão em impostos de outubro a dezembro, queda de 47% ano a ano.

O Bradesco também teve um aumento anual de 14,4% das receitas com serviços e tarifas, a R$ 7,55 bilhões, número praticamente estável sobre o trimestre anterior.

O lucro do braço de seguros no período somou R$ 1,5 bilhão, estável na base sequencial e aumento de 7,1% sobre um ano antes. As provisões técnicas deram um salto de 25,6% na comparação anual, a R$ 223,3 milhões.

As despesas administrativas do Bradesco com pessoal de outubro a dezembro cresceram 2,1% na medição sequencial e 24,6% na anual, para R$ 10,48 bilhões, também refletindo aquisição das operações do HSBC.

Previsões

Após ter tido despesas de provisões para calotes de R$ 21,7 bilhões no ano passado, o Bradesco previu que em 2017 o montante para este fim será de R$ 21 bilhões a R$ 24 bilhões.

O banco também previu que o ano será fraco para crédito, período para o qual previu expansão de 1 a 5%. Além disso, diante do ciclo de queda da Selic, a estimativa para margem financeira com juros pró-forma foi fixada no intervalo de queda de 4% a 0%.

Por outro lado, a instituição previu para suas despesas operacionais em 2017 um intervalo que vai de queda de 1% até alta de 3%, também na base pró-forma.

Fonte: Portal G1

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