A operadora de telecomunicações Oi encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de 1,64 bilhão de reais, impactada pelo resultado financeiro e ampliando um perda de 447 milhões de reais registrada no mesmo período do ano passado.
A companhia teve resultado financeiro negativo de 1,9 bilhão de reais no período, despesa 49,9 por cento maior que a do mesmo primeiro trimestre de 2015, quando as despesas financeiras da Portugal Telecom International Finance não estavam incluídas no resultado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em 1,77 bilhão de reais, queda de 12,2 por cento sobre o mesmo intervalo um ano antes.
A receita líquida total atingiu 6,76 bilhões de reais, redução de 4 por cento ano a ano. Embora tenha registrado crescimento de 8,7 por cento na receita de operações internacionais, que inclui África e Timor Leste, houve baixa de 4,4 por cento na receita das operações brasileiras.
A dívida líquida encerrou março em 40,84 bilhões de reais, aumento de 7 por cento ante o fim do ano passado, enquanto o caixa disponível ficou em 8,53 bilhões de reais, queda de 49,3 por cento sobre o trimestre imediatamente anterior.
A companhia disse que a redução do caixa ocorreu em função das amortizações de principal e juros com as dívidas, do pagamento da taxa regulatória anual do Fistel e do aumento de investimentos, que no trimestre passado somaram 1,252 bilhão de reais, 15,3 por cento acima do desembolsado nos três primeiros meses de 2015.
A Oi demitiu nesta semana cerca de 2 mil funcionários, principalmente vinculados a áreas administrativas, em um corte que se soma aos 1.100 funcionários demitidos pouco mais de um ano antes.
A companhia afirmou que no primeiro trimestre os custos e despesas de pessoal das operações brasileiras totalizaram 657 milhões de reais, um aumento de 11 por cento sobre um ano antes, devido principalmente a reajuste salarial.
Fonte: Reuters